Pesquisadora do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade de Lisboa, Leonor Guerra Guimarães tem longa e profícua trajetória de parcerias no Brasil, incluindo o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT-Café), com sede na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Com atuação no Centro de Investigações de Ferrugens do Cafeeiro (CIFC) e no Centro de Investigação em Agronomia, Alimentos, Ambiente e Paisagem (Leaf), suas colaborações têm importância para pesquisa cafeeira mundial. Durante visita à UFLA, de 28/5 a 7/6, a pesquisadora participou de reunião na Diretoria de Relações Internacionais (DRI/UFLA), tendo como pauta a possibilidade de ampliação para um acordo de parceria entre a UFLA e a Universidade de Lisboa, mais amplo e para outras áreas do conhecimento.
A reunião teve a participação do diretor de Relações Internacionais, professor Flávio Medeiros e do coordenador do INCT-Café, professor Mário Lúcio Vilela de Resende, além de pesquisadores vinculados ao Instituto.
O professor Flávio Medeiros considera que a ampliação da parceria para toda a Universidade deverá possibilitar a mobilidade de estudantes e professores, além da possibilidade de acordos para dupla-titulação com programas de alto desempenho (notas 6 e 7 na Capes). A cooperação com empresas para o desenvolvimento de tecnologias foi outra possibilidade levantada durante a reunião, incluindo parcerias no âmbito da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), da qual a UFLA sedia uma das unidades – Agricultura Digital – Zetta UFLA.
Brasil-Portugal
A parceria entre o CIFC e o INCT-Café teve início em 2012, com a orientação da Leonor Guimarães em pesquisa de doutoramento na área de proteômica. Desde então, tem colaborado em muito estudos, resultando em seis publicações científicas e de popularização, além de resumos e apresentações em congressos nacionais e internacionais. Leonor participou na orientação de três estudantes da UFLA, incluindo parte dos estudos na Universidade de Lisboa.
“É sempre muito bom voltar à UFLA. Sinto como se estivesse em casa. Sou sempre muito bem recebida por todos”, enfatizou Leonor, considerando ainda a evolução científica que pode ser percebida ao longo dos anos. A pesquisadora destaca que a colaboração evoluiu de uma experimentação a campo, no início, para um desenvolvimento científico e de inovação, acompanhando a evolução da pesquisa científica no País. Leonor também identifica muito potencial nesta nova geração de estudantes, sobretudo, aqueles que têm ou tiveram a oportunidade de experimentar uma vivência internacional, ampliando as redes de colaboração para as pesquisas.
Doutora em Biologia com especialidade em fisiologia e bioquímica vegetal, Leonor desenvolveu uma metodologia para extração de proteínas no café, e que mais tarde foi transferida para a cultura da videira. A diversificação nas linhas de pesquisa abre novas possibilidades de colaboração e tem animado a pesquisadora para a inserção em novos projetos.
O professor Mário Lúcio ressalta que a colaboração entre o INCT-Café e CIFC continua com discentes de diferentes programas de pós-graduação da UFLA. Além das pesquisas em andamento, destaca-se a possibilidade para novos projetos, tendo ênfase na realização de análises de proteômica e metabolômica.
Escrito por Cibele Aguiar / Portal UFLA